sexta-feira, 24 de dezembro de 2010


Talvez os ecos de pensamento
— incógnitas —, de Quintana,
sejam esses cheiros,
de lembranças,
que me vêm.
*E que me sejam sempre doces*

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

.



encontro
reencontro
ré-encontro

adeus²

ré-começo
recomeço
começo

(porque paralelas se encontram)

no infinito
...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Anônimo


Aqui,

entre livros,
rabiscos,
fotografias,
pelúcias,
lençóis,
filmes,
espelhos,
paredes,
janelas,
vidraças,
grades,
portões,
árvores,
rodovias
(...)

a saudade é toda tua.
[e me vem mais que uma falta]
...
Quem és tu, Ser além-da-simples-saudade?

domingo, 17 de outubro de 2010



E é o desejo,
em seu estado de luz,
intrínseco-flamejante,
que esboça asas para cada pulsar,
ainda que latente,
ainda que insano,
de nossos sonhos...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010


A vida,
entre o Ser e a Esperança do ser.
O Ser recheado do Estar.
O "estado de vida", eu diria.
Tecendo, intercalando cada pódio...
E que ele, o Ser, venha,
mesmo que em meio aos paradoxais "estados de vida",
através de nosso querer,
à altura do que sonharmos...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

*


Voava,

através de sua leveza incontida,

num naco de nuvem branca;

através de seu olhar esmeraldado,

embora penetrante,

impenetrável.


Ia em busca do brilho das estrelas...


[sem se dar conta de que existia em si um brilho maior]

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Urbes


Passam as pessoas.
Roda-se a quilometragem.
Escapam, quase que despercebidos, os segundos.

Da janela, vê-se carros afobados,
acompanhados de suas buzinadas ensandecidas,
cada um a seguir sua rota,
a seguir a mesma direção:
sem rumo.

Os olhares daqui assustam,
transmitem um vazio náuseo-arrepiante
e tudo parece meio acinzentado, meio mofado, meio morto
de pessoas cansadas, enfadadas, ressecadas,
de um vai-e-vem rotineiro, sangue-suga
da mente, do corpo, do espírito,
a consumir o último suspiro de sensibilidade
ainda, e com dificuldade, emanado por aqueles
que tentam sobreviver a essa selvageria de concreto.
Cruel.

Sopra o vento quente,
(ainda existe vento?)
contrapondo-se a essa frieza.
Pra lembrar a nós,
mortais,
de nós.

[Tempo, tempo, tempo...]

domingo, 12 de setembro de 2010


Me venha com um girassol,
com um rabisco quase pensado
— muito mais sentido —,
com ânsia, arrepio e timidez.
Me venha,
apenas venha,
com você.

sábado, 4 de setembro de 2010

tédio


oi sala;
oi outra sala;
oi cozinha;
oi biscoito Maizena;
oi garrafa d'água;

oi outra sala de novo;
oi sala de novo;

oi terraço;

oi sala de novo de novo;
oi outra sala de novo de novo;

oi corredor;
oi quarto;
oi livros;
oi caderno;
oi caneta;
oi palavras;
oi imagens abstratas que me levam a qualquer infinito em mim.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sabe-se-lá-o-quê


Eu sinto ventos soprando
numa direção diferente;
na contramão de brisas menores,
vindo ao encontro de mim.

Eu sinto o beijo na face
de seus sopros serenos
cálidos, ternos, desinibidos,
suaves.
Desviando-me de minha quase-rota.

Ventos a me desejarem...
Eles me afagam,
entram em sintonia.
[delicadamente]

Sinto que são bons ventos,
deixo-me envolver,
porque eles me cingem
e me fazem flutuar.
Dão-me rumo,
seduzindo-me
a sabe-se-lá-o-quê

...

De onde vêm?
Do desconhecido.

Eles me rodeiam de boas sensações.
Emprestam-me uma força tal,
difícil de pronunciar.
Não sei dizer.
Só sei que sinto, e quero sentir.
Estão a me erguer, elevar-me o espírito.

E aos ventos,
invasivos e tão meus,
a eles, só me resta dizer:
cheguem-me, levitem-me, levem-me...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

*=X


E quando foi
que eu deixei transparecer
que meus olhares
são todos pra você?

Touche


Non, tu sais,
mon chéri,
même les anges...
Ils sont,
quelques fois,
un peu étranges.
Ils ont,
quelques fois,
un peu de peur.

Alors, viens avec moi,
viens décoller.
Prends ma main.
Nous allons,
ensemble,
toucher
les étoiles...

[Viens avec moi, chéri? Viens! Viens! Viens!]

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Do 'ele'

Do 'eles',
penso serem mais
do mesmo.
E não os vejo.

Do 'ele',
penso ser além
do mesmo.
Mas não me vê.

Além da desencantada mesmice
do 'eles',
para o encontro
do encanto
indefinível
do 'ele'.

Não dá pra ser dois,
quando só se há um.

Resta eu,
sobram 'eles'.
Falta 'ele'...
Não dá pra ser dois,
sem 'ele'.

[Mas existem dois] Eu e 'ele'.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Fantochear-me-ei

Recolho tudo:

olhos, língua,
dentes, mãos,
sangue, vísceras, nervos,
insanidade, opiniões,
pernas, vontades,
sensibilidade, encéfalo,
essência.

Jogo-os todos em um mesmo baú.
Guardo.
Escondo.
Deixo um mapa a quem mereça.

Assumo essa carcaça.
Sigo.
Invertida.
A enferrujar.
A abdicar de meu tempero.
Friamente estática.

Até que o feixe se rompa,
poupar-me é preciso.

Desisto.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um Selo

Olá, pessoas!
Esse post não vai ser um devaneio, mas sim uma retribuição de um selo blogueano. *=D
Bem, pra começar, eu nem sabia que isso existia, mas achei lindo ter recebido. Alguém gostar do que escrevo me deixa orgulhosa. Sério! Julgue-me retardada, o que quiser. Mas eu gostei.

Recebi esse selo do blog Calmila. Obrigada!
Então, devo responder a duas perguntas e depois indicar três blogs.

Começando:
1- Quem é que nunca vai esquecer?
Depende de qual 'quem' a pergunta se refira. Nunca esquecerei de minha família, excêntrica, diga-se, e amigos. Mas, em relação a 'alguém' em especial, que provavelmente é o caso [pois foi a resposta do blog que indicou o selo], até agora não surgiu ninguém avassalador o suficiente pra se tornar inesquecível. Se já o conheci, ele não se apresentou como tal. Esqueceu, talvez. Aliás, nessa correria em que vivemos, onde nossos horários são tão apertados que mal dá tempo de dormir, o esquecimento do que deveria ser importante, ou até mesmo um adiamento, se faz constante. A magia, o irracional e o encanto são ignorados, deixados a mercê da sorte. De minha parte, também, não nego. Prefiro me pôr dessa maneira. Sinto-me mais segura. Não dá pra ser dois, quando só existe um. Mas... Deixa a vida discorrer, e acontecer, que ela não espera por nós. Vivamos. E se eu quero lembrar de alguém, marcante e que me enlouquece sem pudores, essa pessoa sou eu. Hehehe.

2- Alguém comanda a navegação da tua vida?
Se nem eu mesma dou conta de mim, quem dirá uma outra pessoa? *=P

3- Oferecer o selo a três blogs:
* Filosofia Introspectiva - O primeiro blog que eu acompanhei, bem antes de eu mesma escrever em um. Talvez fora a alavanca, impulsionada pelos comentários que eu fazia nas postagens dele, para que eu fizesse o meu. Elilson escreve poeticamente. Ele tem o dom!
* Eu Também Quero Falar - Um blog que eu achei do nada [orkut]. E passei a acompanhar, desde a primeira postagem, sem mais nem menos. Acabei gostando. Invadi. É um, digamos, multi-blog, onde se lerá de tudo um pouco, ou um muito. Uma mente!
* Caio Fernando Abreu - Esse aqui, é porque eu acho que todos deveriam ler e sentir os contos dele. A escrita envolvente. Ainda estou explorando. Então, exploremos-o!

Besu besu. *=)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010


desajusta meus sentidos
fecho os olhos
e vejo os teus
mãos tuas a se firmarem em meus braços
aumenta-se minha distonia
tu vens se aproximando
e qualquer coisa por aqui se expande
e se contrái
provocando medo
de mim
e te peço, em meu silêncio cálido:
segure em minha mão
sigamos por ai
na direção do vento
flutuando
e não largue
não


[Alguma coisa se entreabriu em mim. É, talvez seja grave.]

sexta-feira, 30 de julho de 2010

+


Só mais um sopro de vida
Só mais afago na alma
Só mais miúdos de afeto

Só mais eu e você.

quarta-feira, 28 de julho de 2010




Quinze chamadas não atendidas
Convites e convites para sair
Olhares a me seguir
Elogios mil

E em nada estava você...

[E te percebem em mim através de meu olhar; só você não se vê.]

terça-feira, 27 de julho de 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Vem pra cá


sinto sono
eu me deito
o quarto está frio
de um friozinho gostoso
a cama macia
e o lençol a me envolver
quase que completamente
mas não agasalha
dou um apertar de braços no travesseiro
incontidamente
dou o calor de mim
mas, aqui ao meu lado, está ele
encoberto pela fronha de bolinhas
estático, inanimado, frio
indiferente como é por natureza
e eu a desejar uma reciprocidade
um afago
um aconchego
aquecer-me

bem que poderia ser você...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ma Réponse


Je pense et pense et pense...

Parce que tu es très beau.
Et c'est très petit chou.
Et je te veux pour moi!
Tu veux être mon, garçon?
Tu vas être mon garçon?

Et je n'ai pas beaucoup de choses a dire,
je sais.
Mais...

Reste ici, à mon côté!
Reste ici, avec moi!

Sens, seulement...

quinta-feira, 15 de julho de 2010


Umas fatias de PAZ,
com canela,
e uma dose de AMOR,
com açúcar e afeto.
Mas, por favor,
cancele os guardanapos.
Preciso sentir o sabor do apego
em mim.

Lambuzar-me...

domingo, 11 de julho de 2010


Há tanta gente nesse mundo,
mas foi você.
Veio ímpar
e bagunçou qualquer coisa aqui dentro.
Eu me perco,
dispersa...
Eu viajo contigo,
numa nuvem de devaneios...
Então fujamos!
Entreguemo-nos pelo mar!
Vamos nadar pelo mundo
a despetalar o contido,
desorganizando toda essa conformidade,
a nos permitir...
Eu vejo em você,
eu.
E vejo em mim,
você.
Calados um no outro,
a fazer do momento
pretexto,
transmutando o mundo apenas em nós dois...
No sabor sincero,
sedutor,
de quando nossos olhares se cruzam,
em desejo.

E eu me rendo a você...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Enchantée


Et je reste a t'attendre,
Toujours que je ferme mes yeux,
Et dans mes fantasies... Tu arrives!

Alors, nous restons ainsi:

Moi et Toi
Toi et Moi

Ensemble...

[et je ne veux pas réveiller]

sexta-feira, 2 de julho de 2010



Por cada gesto,
cada palavra,
cada lágrima,
cada sorriso...
Foram tantas coisas que compartilhamos.
Tantos erros juntas,
tantos acertos,
tantos micos...
Te guardo pela sinceridade,
pela compreensão,
pelo afeto.
Te levo comigo pela amizade
pela lealdade,
pela alegria que você me causa.
Não é preciso muito para perceber
o amor que a ti dedico.
E assim és aos olhos de meu coração:
eterna!
S2

terça-feira, 29 de junho de 2010


subi as escadas
encontrei você
olhastes fixamente pra mim
e eu fitei teus olhos
como nunca havia feito antes
guiaste-me pela mão
e me levaste ao teu mundo
subiste comigo em algo que nem tem nome
quiçá nem exista
parecia um tapete voador de mármore
um pedestal de fantasias
abracei você
deixei escapar o tom acelerado
de meu peito
de meus olhos
e você percebeu
e, abraçando-me pela cintura,
deixou que eu sentisse seu respirar
me olhou como nunca antes
e, segurando em minhas mãos,
me beijou
intenso, profundo, encantado, sincero

daí eu flutuei...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Joga os agasalhos no chão, aqui tem calor...

Meus pés a aquecerem os teus,
Meus cabelos espalhados sobre nós...
Teus olhos a fitarem os meus,
Tuas mãos a divagarem sobre meu rosto
Furtando de mim todos os sentidos
E nossos lábios a se encontrarem
E nossas almas a se beijarem...


A gente se flerta,
Se abraça...
A gente se sente,
Se enamora...

Um poema concreto!

terça-feira, 22 de junho de 2010


Me mande músicas,

Me escreva poemas,

Esconda um bilhete em minha bolsa,

Assine com um codinome.

Deixe que eu fique curiosa...

Quem será você?

Provoque minhas dúvidas,

Meus desejos.

Me mande flores,

Mesmo que roubadas no caminho.

Tome meus pensamentos,

Meus sonhos,

Se faça único.

Tape meus olhos pelas costas e,

Enfim, me abrace forte,

Deixe que eu te conheça,

Deixe que eu sinta teu corpo,

Teu cheiro,

De um calor tão humano,

Tão teu.

Me afague,

Me tome em teus braços

E me olhe nos olhos.

Beije minhas mãos,

Baile comigo.

Tire-me dessa dimensão estática e fria,

Em minúcias.

Me faça crer que sou pra ti única,

Que me adoras,

Que me retens em teus sonhos.

Faça com que eu sinta o que pra ti sou,

Me cause arrepios.

Veja além de minha matéria...


Conquiste meu coração

Beije-me meigamente no nariz

Me apaixone.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

E, por vezes,
quero movimento,
energia,
aventura,
tenho pressa,
de intensa que sou.

E o outro,
de tão estático que é,
de tão inerte que se faz,
pára...

Uma pena.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

À luz de velas...

Uma cabana na montanha,
você,
uma lareira,
discos velhos,
um vinho barato...

E eu,
Ouvindo os pingos que caem por vontade
Sentindo
e aquecendo um ao outro
nesse frio que persiste.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Larme d'ilusion

Non, je ne sais pas pourquoi ça c’est ainsi.
C’est la même chose. Toujours.
Non, je ne sais pas pourquoi.
Je ne veux pas toi.
Mensonge, je sais!
Mais qu’est-ce que je peux faire?
Rien, rien, rien...

j'ai eu tristesse, tristesse
j'ai eu ilusion, ilusion
Je ne veux pas toi, garçon. Non plus!
Et je ne sais pas pouquoi tu ne veux pas rien de moi.
Ou, encore, moi toute, complete.

Je vais crier par peur.
Peur de toi
Peur de moi-même
Peur, seulement...

Qu'est-ce que tu veux de moi?
Je te prende, mais seulement avec mes yeux.
Je te ai, mais seulement dans mes fantasies.

Je suis a vouloir une hallucination,
Mais tu dois participer avec moi...
Entre dans le mon monde!
J'ai besoin de connaître tes mystères...

Je vais voler a proche de toi
Je vais dérober toi pour toujours
Reste avec moi!

sábado, 12 de junho de 2010

Me dei um presente

Porque quando me olho no espelho
Eu vejo
A face de quem me aguenta
De quem me entende
E mesmo que vez ou outra assim não seja
Essa face me aguenta do mesmo modo
E por isso se faz feliz
Como indissociável que é
De mim.

sábado, 29 de maio de 2010

Concentração distorcida,
Cabeça a mil,
Cabeça a zero.
Nada satisfaz.

Inconstância.
Nem a literatura,
Nem o imaginar,
Nem a música.

Temperamental
Nem você,
Nem mesmo eu,
Nem ninguém.

A simples melancolia da TPM.
A incerteza, o caos do pensamento.
Que será?
Agonia e medo.
Engano?
Fantasia?
Irresistível mistério.

E a mente sã voa longe...



[Perdoe-me, minha pessoa, por ecoar essa ilusão]

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Torpor

E, por um instante,
Se desprender da matéria
E voar pra longe,
Bem longe,
Onde não haja verdade,
Nem realidade,
Nem mesmo necessidade de coerência,

Ou qualquer que seja a necessidade...




[e seguir pela segunda estrela à direita, direto, até o amanhecer...]

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Duas pernas,
Que desequilibram,
Andam,

Sem mais uma terceira,
Que estabiliza,
Prende...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Eu quero fogo, quero faíscas. Eu quero a arte,
Poesia.
Quero o fervor que clama em minhas veias.
Quero poder gritar quando não convier.
E quero abraçar quem não me gosta.
Quero ter o poder da bondade, do carinho,
Da caridade.
E de rebelar o desejo contido de dizer,
A quem quer que seja,
“eu não te gosto”
Mas mesmo assim, conservar o respeito.
Eu quero ser quem não concorda,
Quem não opina igual.
Eu sou do contra.
Eu sou arisca.
Eu sou tépida.
Eu quero carícias imprudentes,
Quero mimos indecentes e
Música.
O som dos meus pensamentos,
A histeria, a graça, a ira.
Quero subjetividade.
Quero um beijo anestesiante.
Eu sou de músculos, tenho sentidos.
Não sou de vidro, eu posso cair.
E ninguém me muda.
Eu grito e consisto.
Quem vai inibir a voz de minha opinião?

terça-feira, 27 de abril de 2010

Sem gravidade

É um tipo de droga,
que te ganha,
te prende,
te devora.

E, inicialmente,
você pouco sabe,
ou acha que sabe,
sobre ela.

Um caminhar às escuras.
Mas, se às escuras é,
como saber do meio e fim,
quiçá do começo?

Não dá para pôr em palavras...

sábado, 24 de abril de 2010

A Luz

Queria me comunicar,
Mas quem poderia me ensinar as palavras que devo usar
Para dedicar-me àquela imagem?

Se nem eu mesma a dei sinais, pelo menos, de fogo?
Por que a imagem não me percebe por si só?
Não quero me apresentar, não sei como o fazer, sem ser levada a mal.
Posso ser de luz, para melhor ser captada por suas lentes,
Para iluminar tuas cores e completar tua imagem... Mas não sei sinalizar.

Não quero estar, senão, sob a ótica pura dos sentimentos, da essência, da alma.
Pois já me cansei dos olhos e de suas infinitas e grosseiras percepções...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Moi

Ele vê o mundo à sua maneira.
O encara.
Tenta aceitá-lo.
Quando compartilha do que vê,
É julgado insano...

Mas,
Insanos são aqueles
que não aceitam outra ótica,
Senão aquela subadquirida
pelas rédeas...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sempre

Ao primeiro olhar,
Foi como se mais nada existisse.
Era lindo como o mar,
Suave como a brisa.
Era chuva de verão...

Mas, então,
De um chuvisco,
A alegria.
E o juramento de eternidade.
Era o início do sempre...

E do sempre,
Fez-se o oposto,
E separou o seu rosto
Em dois anos de solidão...

Mas, de repente,
Fez-se calma, fez-se vida,
Fez-se amor.
Para sempre...

E, as vozes do sempre,
Que de tanto se contarem vis,
De tanto se contarem vãs,
De tanto proclamarem o fim,
Fizeram-se vida novamente...

E da vida,
O sorriso sucumbiu,
A lágrima alastrou-se,
E da vida,
Fez-se a morte
Do imortal...

Por fim,
Fez-se da chuva, tempestade,
E da brisa, ventania,
Fez-se dito, simplesmente, o não-dito.
Para sempre...

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

E mostro, por vontade,
mesmo que sujo ou torto,
o real da face.
Enquanto, em mentira,
mostram-me apenas
suas limpas e moldadas
máscaras...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Leveza...

E tua parte da estrada já se fundiu ao meu caminho...
O meu olhar já vai de encontro ao teu.
E, por o amor libertar a alma,
Estou livre, flutuando no espaço...