sábado, 29 de maio de 2010

Concentração distorcida,
Cabeça a mil,
Cabeça a zero.
Nada satisfaz.

Inconstância.
Nem a literatura,
Nem o imaginar,
Nem a música.

Temperamental
Nem você,
Nem mesmo eu,
Nem ninguém.

A simples melancolia da TPM.
A incerteza, o caos do pensamento.
Que será?
Agonia e medo.
Engano?
Fantasia?
Irresistível mistério.

E a mente sã voa longe...



[Perdoe-me, minha pessoa, por ecoar essa ilusão]

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Torpor

E, por um instante,
Se desprender da matéria
E voar pra longe,
Bem longe,
Onde não haja verdade,
Nem realidade,
Nem mesmo necessidade de coerência,

Ou qualquer que seja a necessidade...




[e seguir pela segunda estrela à direita, direto, até o amanhecer...]

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Duas pernas,
Que desequilibram,
Andam,

Sem mais uma terceira,
Que estabiliza,
Prende...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Eu quero fogo, quero faíscas. Eu quero a arte,
Poesia.
Quero o fervor que clama em minhas veias.
Quero poder gritar quando não convier.
E quero abraçar quem não me gosta.
Quero ter o poder da bondade, do carinho,
Da caridade.
E de rebelar o desejo contido de dizer,
A quem quer que seja,
“eu não te gosto”
Mas mesmo assim, conservar o respeito.
Eu quero ser quem não concorda,
Quem não opina igual.
Eu sou do contra.
Eu sou arisca.
Eu sou tépida.
Eu quero carícias imprudentes,
Quero mimos indecentes e
Música.
O som dos meus pensamentos,
A histeria, a graça, a ira.
Quero subjetividade.
Quero um beijo anestesiante.
Eu sou de músculos, tenho sentidos.
Não sou de vidro, eu posso cair.
E ninguém me muda.
Eu grito e consisto.
Quem vai inibir a voz de minha opinião?