quinta-feira, 14 de julho de 2011

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ter o sentido da existência
como busca incansável
- ainda que improvável -
num conjunto de sensações
E que, ao se jogar nessa ida sem volta,
se perceba
que o que colocamos como sendo a vida
como sendo o existir
o Ser
- captações dos sentidos, ainda que tortos -
se cria
e se recria
da subjetividade
da singularidade
da essência...
D'um sentido do ser em si
do contrapor o que se é.
Do que se supõe ser o Eu.
Do que se concebe como o sendo.

Libert[ar]-te.


domingo, 3 de julho de 2011

Tenho deixado entreaberta a porta dos meus sentidos todos.
É pra você,
que quero que venha.

Entreaberta.

Assim decidi deixar
pra evitar qualquer possibilidade
de causar susto em você.

(porque preciso que não queiras dar meia volta,
que não desistas,
que fiques, querendo,
me querendo muito)

Entreaberta pra você,
meu Lindo,
porque preciso que você
se atraia
e não se assuste ao ver
uma porta
aberta,
uma possibilidade
totalmente aberta.

(estou evitando euforia,
essa causadora do medo
quando não se sabe bem o que se quer) 

Até que tento disfarçar, mas como proceder?
E os meus olhos...
Eles também são pra você.

(eles também, além de tudo,
me entregam a ti)

Procuro manter a linha reta,
enquanto minhas curvas contradizem minhas
intenções primeiras;
enquanto elas me traem:
fervo em curvas quentes de desejo e ansiedade
por você.

E se não quero assustar você,
se preciso que você me venha,
se tenho mesmo desejado
estar em seus pensamentos - única -
e ser eu o seu desejo;

(se na verdade eu só te quero,
pura e simplesmente)

e se existem mesmo esses sentidos que você vem me causando,

(e que eu venho querendo muito que sejam tanto meus
quanto teus)

a culpa disso tudo é unicamente como estou:
sua.

(tua Linda)