terça-feira, 27 de abril de 2010

Sem gravidade

É um tipo de droga,
que te ganha,
te prende,
te devora.

E, inicialmente,
você pouco sabe,
ou acha que sabe,
sobre ela.

Um caminhar às escuras.
Mas, se às escuras é,
como saber do meio e fim,
quiçá do começo?

Não dá para pôr em palavras...

sábado, 24 de abril de 2010

A Luz

Queria me comunicar,
Mas quem poderia me ensinar as palavras que devo usar
Para dedicar-me àquela imagem?

Se nem eu mesma a dei sinais, pelo menos, de fogo?
Por que a imagem não me percebe por si só?
Não quero me apresentar, não sei como o fazer, sem ser levada a mal.
Posso ser de luz, para melhor ser captada por suas lentes,
Para iluminar tuas cores e completar tua imagem... Mas não sei sinalizar.

Não quero estar, senão, sob a ótica pura dos sentimentos, da essência, da alma.
Pois já me cansei dos olhos e de suas infinitas e grosseiras percepções...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Moi

Ele vê o mundo à sua maneira.
O encara.
Tenta aceitá-lo.
Quando compartilha do que vê,
É julgado insano...

Mas,
Insanos são aqueles
que não aceitam outra ótica,
Senão aquela subadquirida
pelas rédeas...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sempre

Ao primeiro olhar,
Foi como se mais nada existisse.
Era lindo como o mar,
Suave como a brisa.
Era chuva de verão...

Mas, então,
De um chuvisco,
A alegria.
E o juramento de eternidade.
Era o início do sempre...

E do sempre,
Fez-se o oposto,
E separou o seu rosto
Em dois anos de solidão...

Mas, de repente,
Fez-se calma, fez-se vida,
Fez-se amor.
Para sempre...

E, as vozes do sempre,
Que de tanto se contarem vis,
De tanto se contarem vãs,
De tanto proclamarem o fim,
Fizeram-se vida novamente...

E da vida,
O sorriso sucumbiu,
A lágrima alastrou-se,
E da vida,
Fez-se a morte
Do imortal...

Por fim,
Fez-se da chuva, tempestade,
E da brisa, ventania,
Fez-se dito, simplesmente, o não-dito.
Para sempre...