quarta-feira, 18 de setembro de 2013

traços de luz
perdidos
no vulto noturno
- e cerrado-
de cidades invisíveis.
das asas e ares que no céu se balançam:
tornam-se, no gesto, 
o contorno
de uma liberdade compartilhada 
sob - e apesar - 
do céu.

(fruição no tempo)

de quando o infinito é só o começo.

terça-feira, 16 de abril de 2013

o indissociável substrato,
às vistas de quase todas as sensações, 
que podem sequer ter uma forma re-conhecida, 
desenhadas pela memória, 
diluindo os tons do tempo...

~no que se refere a se construir os sentidos-mosaico da realidade~

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013


que é quando da saudade dura
do que se deveria estreito
se pinta as formas
daquilo que te faz e te transmite
daquilo que te põe à vida
de um corpo que sente
de tudo que se pode contornar
e mais ainda do que se pode e se deseja fazer fixo
(em cores ou fora delas; no seio do que existe e se move)
dentro da retina.

de tudo isso que te permite: ser.

- porque há muito tempo que a tal ausência já não é mais falta.

domingo, 21 de outubro de 2012

tais quais fundos de vento frio,
por dentro
do escuro
da gente.

Efeito fisiológico.

O frio demonstra...

- dos personagens misteriosos que atravessam a vida.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

onde a ideologia
desenvolvimentista
e seu progresso (?)
cega a vista
- e a vida -
coletiva.

sobreviveremos?

cívica-urbe: em que, ainda, re-cre-a-re-mos.

do criar
e re-criar
v-i-d-a

- às ideias.

sábado, 11 de agosto de 2012

terça-feira, 31 de julho de 2012


porque nem toda sorte se vê lida ao fundo de uma xícara:

há, ainda,
calor e textura,
concentrados,
na crema viva que corre

em algum - espresso - coração humano.

domingo, 24 de junho de 2012


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na primazia do fingimento
no mascarar dos corpos
traço íngreme no gostar de figurar
e apenas fingir figurar
sem findar o estreito da violência

dança da solidão
câmera de imagens
em cores, ou não.

o preto e o branco
no eterno desencontro,
ainda que no cruzar pelo infinito;
violação.

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vi-o-la-ção:

a quem se sente
papel em branco
e, quem sabe,

perene.

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(e que todos os traços morram,
- e que permaneçam mortos -
e que tudo que se foi se finde,
no mesmo abismo em que talvez se joguem
aqueles que desejam
sair da auréola do fingimento)

segunda-feira, 18 de junho de 2012

quarta-feira, 13 de junho de 2012

na linha da vida

(espectro)

vens inteiro
e me transformas a vida
com próprias formas e cores
tuas

arrepio na anima

quando chegas
e me tomas inteira
- furto -
e me inebrias

e me alteras a biografia.

- questão de traço.

domingo, 3 de junho de 2012

quarta-feira, 23 de maio de 2012


a interrogação que também é bomba relógio.
- Diego Alexandre.


traçado
de peças, pedras, retas
e defeitos
de um papel construído
de bases levantadas
tendo como corpo de sua estrutura
concreto
armado com o dessabor da falta de dignidade
em suas formas
de nada além do padrão disforme
em seus presentes resultados
de hostilidade gratuita
erguendo pilares
e contornando a face
do extremo mal gosto

egoísmo em pauta.

[e a tolerância
     des-
mo-
   ro-
 nan-
     do]

domingo, 20 de maio de 2012

dou-tri-ne
im-pen-se

pela saída do estado de
duplipensar
se concebendo em
monopensar

- agora sem necesidade da dou-tri-na;
não há mais o tal do duplipensamento -

cultura tansmutada em instinto.

- porque é natural
e, como tal que é,
não há como mudar -

pra que
todos nós
viremos
papel
em branco

- já estão todos civilizados -

(na-tu-ra-li-za-ção)