sexta-feira, 7 de maio de 2010

Eu quero fogo, quero faíscas. Eu quero a arte,
Poesia.
Quero o fervor que clama em minhas veias.
Quero poder gritar quando não convier.
E quero abraçar quem não me gosta.
Quero ter o poder da bondade, do carinho,
Da caridade.
E de rebelar o desejo contido de dizer,
A quem quer que seja,
“eu não te gosto”
Mas mesmo assim, conservar o respeito.
Eu quero ser quem não concorda,
Quem não opina igual.
Eu sou do contra.
Eu sou arisca.
Eu sou tépida.
Eu quero carícias imprudentes,
Quero mimos indecentes e
Música.
O som dos meus pensamentos,
A histeria, a graça, a ira.
Quero subjetividade.
Quero um beijo anestesiante.
Eu sou de músculos, tenho sentidos.
Não sou de vidro, eu posso cair.
E ninguém me muda.
Eu grito e consisto.
Quem vai inibir a voz de minha opinião?

2 comentários:

  1. Lindo, Bárbara, lindo!
    Ao mesmo tempo que parece ser seu "hino de emancipação" ou auto-afirmação, poderia ser fácil uma introdução de uma obra, sua.
    Ninguém vai poder inibir sua voz, enquanto você escrever sem medo o que ha dentro de ti!
    Continue, garota!
    Continuemos.

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  2. Parabens Bárbara,
    muito lindo!
    Vou plagiar.

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