quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sabe-se-lá-o-quê


Eu sinto ventos soprando
numa direção diferente;
na contramão de brisas menores,
vindo ao encontro de mim.

Eu sinto o beijo na face
de seus sopros serenos
cálidos, ternos, desinibidos,
suaves.
Desviando-me de minha quase-rota.

Ventos a me desejarem...
Eles me afagam,
entram em sintonia.
[delicadamente]

Sinto que são bons ventos,
deixo-me envolver,
porque eles me cingem
e me fazem flutuar.
Dão-me rumo,
seduzindo-me
a sabe-se-lá-o-quê

...

De onde vêm?
Do desconhecido.

Eles me rodeiam de boas sensações.
Emprestam-me uma força tal,
difícil de pronunciar.
Não sei dizer.
Só sei que sinto, e quero sentir.
Estão a me erguer, elevar-me o espírito.

E aos ventos,
invasivos e tão meus,
a eles, só me resta dizer:
cheguem-me, levitem-me, levem-me...

4 comentários:

  1. Lindo! =)

    Quando eu crescer quero saber escrever q nem tu, visse?! =P

    Bjossss!!

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  2. São os ventos, esses traiçoeiros que embaraçam e movem areias, partículas, flores, folhas e lágrimas, que trazem e tiram, e levam e devolvem. Amei, nem preciso dizer. És uma poetisa de mão cheia, flor! HAHAHA
    Beijinho

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  3. Muuuuito bom, a impressão que se tem é que vamos sair voando após a leitura.

    Muito bom o texto.

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  4. Sim,sempre nos entregamos aos ventos que nos balancem, nos faça respirar. Esses ventos sempre trazem mistérios que no momento sempre nos deixam cegas

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