Recolho tudo:
olhos, língua,
dentes, mãos,
sangue, vísceras, nervos,
insanidade, opiniões,
pernas, vontades,
sensibilidade, encéfalo,
essência.
Jogo-os todos em um mesmo baú.
Guardo.
Escondo.
Deixo um mapa a quem mereça.
Assumo essa carcaça.
Sigo.
Invertida.
A enferrujar.
A abdicar de meu tempero.
Friamente estática.
Até que o feixe se rompa,
poupar-me é preciso.
Desisto.
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Sim, bom seriamos se pudessemos poupar-nos de muitas coisas, mas como em alguns casos infelizmente é inevitável e por está exposto acabamos ficando feridos
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